Seja qual for a aventura em que tenhamos apostado o turbilhão de sentimentos é imenso, a dúvida, a ambivalência é algo com que temos de lidar . . . cada aventura tem traçados próprios. . . neste momento passam por mim mil pensamentos, sentimentos. . . que tantas vezes combinados de uma forma aleatória se traduzem em vivências contraditórias e únicas. O sentimento de que tudo vai acabar, um sentimento de perda. . . de vazio de um amanha que está á distância de pouco mais de dois meses . . . a irritação e desilusão por aqueles que supostamente nos deveriam acarinhar e que se comporta como nada tivesse mudado ou que fazem juízos de valores do que desconhecem . . . mas por outro lado o aconchego de todos aqueles que tornam momentos simples (normalmente refeições) em encontros especiais e de apoio incondicional . . .vivo numa ambivalência de entusiasmo e euforia em cada palavra trazida pelos ventos africanos e de uma saudade desmedida e uma tristeza sem sentido pelo presente fantástico que vivo. . . O desejo do dia do embarque chegar e de pisar aquela minha terra que não conheço. Em Portugal nasci, cresci e vivi. . . para alguns pode até ser incompreensível mas Portugal sempre serei . . . no entanto Huambo surgiu no meu regaço como que se estivesse destinado eu aventurar-me numa terra desconhecida para mim honrando o meu passado português de grandes descobridores. . .
Amigos sem nome porque não é necessário escreve-lo para saberes que é a ti que me refiro, para saberes que é em ti que penso e que estas minhas últimas palavras se dirigem Obrigada pelo carinho, pela força. Obrigada por me aceitares como sou, por me apoiares na minha aventura, por me ouvires. . .
B E I J O